O colunista Cláudio Humberto, da Rádio Bandeirantes, esteve no Jornal Gente nesta sexta-feira (28) e comentou sobre o apontamento realizado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de movimentações atípicas nas contas do ex-ajudante de ordens Mauro Cid - que auxiliava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o jornalista, é preciso investigar o caso, mas ter cautela. Isso porque o atual governo nomeou integrantes para o Coaf e há a possibilidade de tratar-se de uma narrativa.
"Claro que precisa ser investigado, afinal de contas, é um dinheiro bastante significativo. Mas o ajudante de ordens administra todas as despesas do presidente, então é preciso ter muita calma. Acho que o tenente-coronel deve ter suas explicações."
Cláudio também afirmou que trabalho no governo e sabe como são realizados os trâmites burocráticos no poder público. Segundo o colunista, antigamente, os ajudantes de ordens andavam com pastas repletas de dinheiro, justamente para custear contas do presidente.
"Era chamada verba secreta. Recebia a aquele dinheiro vivo para pagar despesas de viagens, qualquer despesa que envolvesse a autoridade."
Movimentações atípicas
Segundo o Coaf, foram identificadas transações anormais nas contas bancárias de Mauro Cid. No relatório, enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o órgão atesta que as transações "não se justificam".
Há também menção a indícios de "movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, atividade econômica ou a ocupação profissional e capacidade financeira do cliente".
De acordo com o órgão, foram movimentados R$ 3,2 milhões entre junho de 2022 e janeiro de 2023. No entanto, os recebimentos mensais do tenente-coronel são de R$ 26.239,50 brutos.