Integrantes do Congresso e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram as conversas sobre meios de financiamento de campanha eleitorais, que atualmente é custeada com dinheiro público.
Segundo Cláudio Humberto, comentarista do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, a retomada das discursões é uma "novidade bastante positiva" e acontece após as eleições nos Estados Unidos, cujo financiamento de campanha não recebe dinheiro público.
"Somente a campanha democrata dos EUA gastou muito mais do que R$ 5 bilhões gastos em toda a campanha eleitoral municipal do país. Nos EUA não tem um centavo de dinheiro público nessa história de financiamento de campanha. São doações privadas feitas a candidatos ou partidos que obedecem regras muito rígidas", disse Cláudio Humberto.
Agora, parlamentares tentam articular a criação de novas regras para o financiamento de campanha que possam valer para as eleições de 2026. A doação privada para campanhas foi suspensa pelo Supremo em 2015.
O deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE) é um dos que defendem a mudança das regras e a modernização da legislação. Segundo Cláudio Humberto, a proibição de doações privadas ocorreu "no clamor da Lava Jato".
"Na avaliação do deputado, era uma situação excepcional, mas agora chegou a hora de criar uma legislação moderna e atual que pacifique essa questão, poupando o dinheiro público e fazendo com que as doações privadas sejam obedecidas com o máximo rigor."