Comerciantes de Pequim sentem efeitos do 'tarifaço' de Trump: "Estamos preocupados"

Comerciantes de Pequim sentem efeitos do 'tarifaço' de Trump: "Estamos preocupados"
Comerciantes se preocupam com guerra comercial entre EUA e China
Kylie Cooper/Reuters

Os comerciantes de Pequim já sentem os efeitos da taxação de 145% sobre os produtos chineses decretados pelo presidente Donald Trump e que iniciaram na última quarta-feira (9). O movimento de escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo preocupa vendedores na capital do país.

"A gente está um pouco preocupado, vai que no próximo envio o preço dobra, triplica. Aí acho que ninguém vai querer comprar. Agora já estão reclamando que está caro, ainda mais pra um negócio pequeno, uma lojinha de presentes na Chinatown. Eu acho que é uma pena, na verdade", disse um comerciante.

Na última sexta-feira, a China anunciou uma retaliação ao anúncio de Trump e impôs novas tarifas de 125% para a importação de produtos dos Estados Unidos, que já estão em vigor a partir de hoje. O Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou, nesta sexta, que o país "jamais se curvará à pressão dos EUA". Já o presidente Xi Jinping disse em visita à Espanha que "China e União Europeia devem se unir pela justiça e equidade internacional".

Logo após o anúncio das novas taxas, Trump disse em uma rede social que a política tarifária está indo muito bem e avançando rapidamente. Nas últimas entrevistas, porém, o republicano deixou aberta a possibilidade de negociar com o país asiático.

A União Europeia, no entanto, adota cautela. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já disse que quer dar uma chance para a diplomacia. Ao mesmo tempo, diz ter cartas na manga para resistir, caso não chegue a um acordo com os Estados Unidos.

O mercado global acompanha com preocupação a escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Na Europa, a maioria das bolsas de valores encerrou a semana inquieta, com exceção de Lisboa e Londres. Já nos Estados Unidos, os principais índices da bolsa de Nova Iorque registraram alta, apesar do temor de aumento da inflação no país continuar.

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