A plataforma desenvolvida pelo Conselho Federal de Medicina, que visa combater fraudes em atestados médicos, passará a funcionar em todo país no dia 5 de novembro.
O novo sistema poderá ser acessado por site ou aplicativo de celular. No entanto, apenas os médicos terão direito de emitir os documentos, o que deverá ajuda a combater as irregularidades.
"Quando você tem um atestado falsificado, até que se prove o contrário, a gente tem que descobrir se esse médico participou ou não, e vai sobrar responsabilidade para o médico provar", explicou o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Eduardo Baptistella.
Segundo dados do CRM, 30% dos atestados médicos apresentados nas empresas são falsificados. Em agosto, o jornalismo do Grupo Bandeirantes revelou, com exclusividade, um esquema criminoso de emissão destes documentos.
Dezenas de sites prometiam os serviços em minutos. Os responsáveis admitiam que os pedidos de afastamentos eram falsos. Com o novo sistema, o médico será notificado assim que o um documento for emitido com o registro profissional dele.
Se suspeitar de uso indevido dos dados, o profissional poderá fazer o cancelamento. A partir de março do ano que vem, o serviço se tornará obrigatório em todo país.
"É possível você imprimir as folhas com o QRCode, mas lembrando que o QRCode é específico do médico que está imprimindo. Vai poder ter em papel, QRCode com papel? Vai, mas desta forma, não como era antes que qualquer papel que era carimbado. Até num receituário simples, faziam. Isso não vai acontecer mais", disse Baptistella.