O projeto que proíbe a entrada e uso de aparelhos celulares em escolas públicas e particulares de São Paulo é um avanço na educação paulista, na visão do secretário Renato Feder. Em entrevista nesta quinta-feira (12) ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, Feder comparou o celular a uma droga, pelo vício que pode causar a crianças e jovens.
"A gente é a favor da liberdade, então é muito importante a autonomia, a decisão. Mas nesse caso, falamos de crianças, jovens, o celular é quase uma droga, porque ele vicia. Ele é feito para viciar o seu filho, sua filha e tem o espaço para isso, mas fora da escola", pontuou.
Feder afirmou que o projeto foi pensado após pedidos de escolas, professores e até pais e responsáveis. "O celular atrapalhava tanto dentro da sala de aula, quanto no intervalo. Antes os alunos usavam o intervalo para brincar, interagir, mas acontecia de cada um ficar no celular no intervalo", afirmou.
Segundo o secretário, a nova lei é embasada em estudos internacionais. "Aqueles países que baniram primeiro o celular, estão subindo nas avaliações internacionais. Então você vê como o celular interfere na educação. O celular é um fator que atrapalha demais a concentração, o convívio", citou.
Sobre uma possível proibição do uso de telefones celulares por professores, o secretário afirmou que eles são usados para fins pedagógicos. "A tecnologia na escola pública é avançada, as chamadas são pelo celular, os professores enviam lição de casa usando o celular, enviamos aulas e sugestões de temas e currículo pelo telefone. E os adultos têm maior maturidade", pontuou.
São Paulo proibiu uso de celulares nas escolas
Reprodução/Jornal da Band