O casal suspeito de hostilizar a família e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, irá prestar depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira.
O empresário Roberto Mantovani Filho e a esposa, Andreia Munarão, serão ouvidos em uma delegacia de Piracicaba, no interior de São Paulo.
Eles foram intimados a depor ontem, mas o casal alegou que tinha uma viagem marcada e por isso, não pôde comparecer à oitiva.
Em nota, a defesa negou que Roberto e Andreia tenham ofendido ou ameaçado Moraes.
De acordo com os advogados, ambos foram confundidos com outros brasileiros que teriam atacado o ministro.
E diante de uma "confusão interpretativa", houve um desentendimento verbal entre Andreia Munarão e duas pessoas que acompanhavam Alexandre de Moraes.
A defesa alega ainda que a discussão ficou acalorada e Roberto Mantovani Filho precisou conter os ânimos de um jovem que teria ofendido a mulher dele.
Já o terceiro suspeito de hostilizar Alexandre de Moraes e agredir o filho dele, o corretor de imóveis Alex Zanatta Bignotto, prestou depoimento neste domingo.
Ao sair do local, o advogado Ralph Tórtima Filho negou todas as acusações.
No sábado, a PF abriu um inquérito para investigar os xingamentos contra o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, e uma suposta agressão ao filho dele.
O caso aconteceu na sexta-feira, no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, onde o magistrado participa de um fórum de direito na Universidade de Siena.
Segundo as investigações, os três teriam xingado Alexandre de Moraes de "bandido, comunista e comprado".
O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou ao Ministério Público Federal que tome as medidas cabíveis.
Em apoio ao ministro, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, classificou as agressões como 'inadmissíveis' e prestou solidariedade à Moraes e a família.
Também nas redes sociais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que esse tipo de comportamento é inaceitável e criminoso.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seguiu a mesma linha e afirmou que democracia se faz com debate e não violência.
O Supremo Tribunal Federal não se manifestou sobre o caso.