A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (18), em 2ª e definitiva votação o projeto que altera a lei de redução de poluentes por ônibus na cidade.
O texto define a Enel como responsável pela adaptação das garagens para a recarga de ônibus a bateria.
De autoria do presidente da Casa, Milton Leite, a proposta não estipula prazo para que isso seja feito.
A nova lei, que segue para sanção ou veto do prefeito Ricardo Nunes, autoriza a retomada da compra de veículos a diesel, suspensa desde 2022.
Ônibus movidos a gás natural também poderão ser incorporados à frota pelas empresas enquanto a estrutura para a recarga de baterias não estiver finalizada.
Proibição e descumprimento de regra
A SPTrans determinou em outubro de 2022 a proibição da compra de ônibus movidos a diesel para integrar a frota que realiza o transporte público de passageiros na capital paulista. A ideia era começar a transição para veículos menos poluentes.
Dois anos depois, a frota de elétricos cresceu em 276, enquanto a de ônibus a diesel subiu em 1264, cinco vezes mais, segundo um levantamento da Rádio Bandeirantes.
A meta para 2024 era que São Paulo tivesse 20% da frota de ônibus eletrificada, cerca de 2,6 mil veículos.
Diante da dificuldade de renovar a frota municipal, o tempo de uso dos ônibus foi ampliado pela prefeitura de 10 para 12 anos. Cerca de 600 veículos já ultrapassaram a data de validade inicial.
Segundo a Prefeitura, os ônibus a diesel já tinham sido encomendados antes do decreto que proibiu esse tipo de compra.