'Call center do crime': polícia recupera dados vazados de 120 milhões de pessoas

Polícia Civil investiga grupo há mais de um ano; informações obtidas de maneira ilegal eram vendidas para empresas de telemarketing e outras quadrilhas

Da redação

A Polícia Civil de São Paulo afirma que recuperou os bancos de dados montados com informações vazadas que criminosos usavam para aplicar golpes em todo o país. Pelo menos 120 milhões de brasileiros tiveram as informações pessoais vazadas.

O grupo tinha informações funcionais de servidores de Tribunais de Justiça, inclusive juízes e desembargadores, governos de ao menos 15 estados, autarquias previdenciárias e concessionárias de telefonia.

"Identificamos sete integrantes dessa organização criminosa. A PC representou pela prisão preventiva. Houve a compreensão inicial de manter as buscas, mas continuamos trabalhando na análise dos dados. E conseguimos recuperar esses bancos de dados", disse o delegado Everson Contelli, coordenador da Unidade de Inteligência da Polícia Civil, em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.  

A investigação começou um ano atrás, após os criminosos conseguirem informações sigilosas do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

O delegado explicou ainda que as informações obtidas de maneira ilegal pelo grupo eram vendidas para empresas de telemarketing e outras quadrilhas.

"Era uma rede criminosa que mantinha esses dados em bancos que passamos a denominar de 'call center do crime'", explicou Contelli. O delegado afirmou que o volume de dados vazados é inédito. "Vazamentos nesse volume e nessa frequência nós nunca presenciamos. As empresa precisam se conscientizar, eles são depositários de algo valioso, que são esses dados"

A investigação continua para chegar aos responsáveis pelo vazamento e também aos compradores das informações.

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