O pré-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) participou do jornal Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, nesta sexta-feira (19). Ele foi entrevistado pelos jornalistas Marco Antonio Sabino e Vitor Lupato.
Ao ser questionado sobre os impostos cobrados pelo município, Boulos afirmou que a cidade "não precisa de aumento de nenhum imposto". Para ele, o problema de São Paulo não é falta de dinheiro.
"Hoje São Paulo não precisa de aumento de nenhum imposto. Tem 120 bilhões no Orçamento do ano que vem e não é por mérito do atual prefeito, mas sim por mérito da renegociação da dívida feita pelo Haddad, em 2015. Hoje a prefeitura tem caixa, o problema de São Paulo não é a falta de dinheiro. A gestão atual gasta muito, gasta mal e investe pouco", disse.
Ele defendeu ainda reduzir impostos pagos por empresários para descentralizar os empregos na capital.
Redução de impostos para descentralização de empregos
Boulos diz que, se eleito, vai descentralizar os empregos por meio da redução do ISS e do IPTU pago pelos empregadores.
Segundo ele, com ISS e IPTU reduzidos no extremo da cidade, as empresas poderiam migrar para essas localidades e, com isso, reduzir o tempo de deslocamento ao trabalho das pessoas que vivem nas periferias da capital.
"Barra Funda e República são os dois distritos que mais concentram empregos. São Matheus e Cidade Tiradentes (no extremo leste) tem 8 empregos para cada 100 habitantes. Temos o instrumento fiscal, o ISS e o IPTU a prefeitura poderá continuar manejando até a reforma tributária entrar em vigor. Vamos usar o desconto no IPTU e ISS como incentivo. Dá pra fazer e vou fazer isso em São Paulo", disse.
Duplicação da estrada do M'Boi Mirim
Ao ser perguntado sobre qual seria o primeiro ato, se eleito, em um bairro carente da cidade, Boulos disse que atenderia uma "demanda histórica" da cidade de São Paulo que, segundo ele, é a duplicação da estrada do M'Boi Mirim.
"Doa a quem doer, vamos duplicar a estrada do M'Boi Mirim", disse.
Subprefeituras e atuação da GCM
Boulos defendeu as subprefeituras da capital sejam lideradas por moradores da região – e não por indicações políticas.
"Subprefeito tem que ser morador do bairro. Tem subprefeito que só sabe andar no bairro de GPS, não conhece uma liderança, o bairro e os problemas", disse.
Sobre o poder de atuação da GCM, Boulos afirmou que irá aumentar o efetivo para "garantir a segurança cidadã" feita pelos guardas municipais.
"A GCM já atua na fiscalização e faz policiamento preventivo e ostensivo. A GCM de São Paulo tem hoje 7.060 agentes, vamos ampliar, com a perspectiva de dobrar. Não quero GCM violenta, quero garantia de segurança cidadã".