O delegado da Polícia Civil César Saad, que atua na Delegacia de Repressão aos Delitos Esporte (DRADE DOPE), deu detalhes para a Rádio Bandeirantes sobre a investigação de um suposto esquema de milícia digital para defender a atual gestão do Corinthians.
Segundo Saad, ainda não foi citado o nome do presidente Augusto Melo nas investigações. Mesmo assim o delegado ressaltou que os depoimentos ainda estão em fase inicial.
“Agora, não só o presidente Augusto Melo como qualquer outra pessoa que esteja ou não ligada a atual diretoria do clube, que tiver algum indício de autoria, a Polícia Civil vai investigar”, disse Saad.
De acordo com o delegado, as investigações começaram após uma denúncia do presidente do Conselho Deliberativo do Timão, Romeu Tuma Jr. O dirigente foi ameaçado por um torcedor nas redes, afirmando que “o Corinthians só teria solução se jogassem uma bomba no Conselho, se houvesse uma chacina lá”.
Após o inquérito ter sido instaurado, uma série de conselheiros e jornalistas denunciaram ameaças semelhantes, principalmente ao publicarem notícias negativas sobre o Corinthians.
“Os crimes que estão sendo apurados hoje são de ameaça. Se ficar claro se para a Polícia Civil de que existe um grupo que está previamente montado para que essas mensagens sejam proferidas contra funcionários, jornalistas e conselheiros do clube, aí sim pode caracterizar uma associação criminosa”, explicou Saad.