Assembleia Geral da ONU retoma sessão que debate a invasão na Ucrânia

Da Redação

Assembleia da ONU
Getty Images

A Assembleia Geral da ONU retoma nesta terça-feira a sessão extraordinária que debate a invasão da Ucrânia por tropas russas.

Ontem, o Brasil manteve a posição de defesa do cessar-fogo imediato e reiterou o pedido por negociações diplomáticas sobre os impasses.

A declaração foi feita pelo embaixador do país nas Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho.

Para ele, o uso da força contra a soberania e a integridade territorial de qualquer Estado é injustificável e viola os princípios mais básicos da carta da ONU.

Ronaldo Costa Filho voltou a pedir cautela em relação às ações que possam piorar a crise.

O embaixador brasileiro se referia às sanções econômicas e fornecimento de armas que segundo ele, não ajudam a levar paz à Ucrânia.

O secretário-geral da ONU afirmou que a ofensiva russa na Ucrânia está provocando uma escalada das violações dos direitos humanos.

Antônio Guterres citou vítimas civis, mulheres, crianças e homens forçados a deixar as próprias casas.

O representante ucraniano nas Nações Unidas, Sergiy Kylskysia, comparou a ação do Kremlin à do exército nazista na segunda guerra.

O embaixador da Rússia Vasili Nebenzia disse que as informações divulgadas têm sido distorcidas.

Em russo, ele ressaltou que a responsabilidade pelo que está acontecendo agora é do atual líder ucraniano, Volodymir Zelensky, assim como das nações do Ocidente.

E acusou Kiev de não cumprir o acordo de 2015 para um cessar-fogo na região de Donbass, no leste do país.

Apesar da reunião emergencial, a Assembleia Geral da ONU não tem poder para aplicar medidas, como sanções ou envio de missões de paz.

No entanto, deve aprovar um requerimento condenando a invasão do território da Ucrânia pela Rússia.

Quem pode adotar alguma ação de fato é o Conselho de Segurança formado por 15 países, sendo cinco fixos e com poder de veto - os russos são um deles.

Já o Tribunal Penal Internacional vai levar adiante uma investigação sobre eventuais crimes de guerra cometidos durante o ataque de Moscou.

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