As críticas de Lula ao presidente do Banco Central são "um desperdício de energia". A opinião é do ex-presidente do BC e um dos economistas responsáveis pelo plano Real Armínio Fraga, que defendeu a manutenção da taxa básica de juros em 10,5%.

Em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, ele comentou que as falas fazem o Banco Central “trabalhar o dobro”.

Armínio Fraga também criticou uma possível ameaça à meta fiscal.

O economista ressaltou que um dos tripés do mecanismo estabelecido durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o de equilíbrio nas contas públicas, está ameaçado.

Armínio Fraga se opôs a ideia de alterar a autonomia do Banco Central. Ele esteve à frente do BC no segundo mandato do governo FHC, de março de 1999 até janeiro de 2003.

O economista classificou a possibilidade como "loucura". Armínio Fraga defendeu a realização de duas reformas: uma administrativa e outra da Previdência.

O economista ressaltou que o assunto gera desgaste, mas é necessário. Durante a entrevista, Armínio Fraga ainda destacou a importância de uma educação financeira e econômica nas escolas do país.