Anvisa faz um alerta para a proibição do uso de silicone industrial

Silicone industrial para fins estéticos
Reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária faz um alerta para a proibição do uso de silicone industrial para fins estéticos. Segundo a Anvisa, a finalidade do silicone industrial é para a limpeza de carros e peças de avião, impermeabilização de azulejos e vedação de vidros.

A discussão veio à tona após a morte da jornalista e modelo Lygia Fazia, aos 40 anos, por um acidente vascular cerebral. O AVC foi causado por problemas na aplicação de PMMA, espécie de acrílico moído e transformado em micropartículas, e silicone industrial.

A modelo lutava há mais de dois anos contra complicações causadas pelos procedimentos. Segundo o irmão de Lygia, George Ricardo, a irmã fez a aplicação dos produtos entre 2013 e 2014.

Desde então, ela começou a sentir dores e desconforto na região do quadril e nas pernas. Mas foi no final de 2021 que a situação piorou e ela precisou ser internada.

À época, Lygia chegou a ter embolia pulmonar, trombose nas pernas e insuficiência renal causadas pelos produtos usados no corpo. A modelo ficou internada por mais de três meses, onde fez uma cirurgia para retirar parte dos três quilos de PMMA e do silicone industrial.

Lygia tinha feito a aplicação no bumbum em uma clínica médica, mas como não ficou satisfeita com o resultado, quis aumentar a quantidade. Segundo o irmão dela, George Ricardo, o médico não permitiu e ela foi em busca de outra pessoa. Lygia colocou cerca de 200ml de silicone industrial de forma clandestina.

A modelo morreu na última quarta-feira. O corpo foi velado e enterrado no Cemitério Valle dos Reis, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Ela deixa dois filhos, um menino de 10 e outro de dois anos.

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