Um eclipse anular do sol acontecerá nesta quarta-feira (2) e deve ser visto a partir do pôr do sol na região Sul do Brasil. Este fenômeno astronômico acontece quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, e o seu diâmetro aparente está menor do que o Sol. Assim, a sombra da Lua não cobre totalmente o Sol, criando um "anel de fogo" no céu.
Segundo o Observatório Nacional (ON/MCTI), do governo federal, o eclipse poderá ser visto como anular em uma estreita faixa que passa pelo oceano Pacífico, pelo Atlântico e no extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina.
No Brasil, o fenômeno será visível na parte sul das regiões sudeste e centro-oeste e em toda a região sul. Quanto mais ao sul, maior será a área eclipsada, segundo a astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento.
Como observar o "anel de fogo"
É importante estar em um local com vista desimpedida para o oeste, uma vez que o evento ocorrerá próximo ao pôr do sol. No Rio de Janeiro, por exemplo, o eclipse parcial começará às 17h01, atingirá seu máximo às 17h42, e o Sol se porá às 17h52.
O Observatório Nacional afirma que não se deve observar o fenômeno olhando diretamente para o Sol e também esclarece que óculos escuros, chapas de raio-X ou outros filtros caseiros não protegem contra os danos.
Segundo o órgão, é essencial utilizar filtros certificados, como os óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14.
O que é um eclipse anular do sol
Tanto no eclipse total quanto no anular a lua se alinha entre a Terra e o sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da superfície da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial.
Segundo Josina, o eclipse anular do sol ocorre quando a lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, fazendo com que pareça menor do que o sol no céu. A frequência com que os eclipses do Sol ocorrem é em média 2 vezes por ano, podendo ser parciais, anulares ou totais.
O último eclipse anular do Sol ocorreu em 14 de Outubro de 2023 e foi visto em uma parte do Brasil.