A ministra do Esporte, Ana Moser, concedeu uma entrevista exclusiva a José Luiz Datena, no Manhã Bandeirantes, nesta quinta-feira (3) e falou sobre o futuro do futebol feminino.
Segundo a ex-jogadora de vôlei, a pasta ministerial está em vias de anunciar um relatório geral com estratégias coletivas para fomentar a continuidade da evolução do futebol feminino no país.
A candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo de futebol feminino em 2027 integra o planejamento do Ministério para continuar a desenvolver a categoria.
"Há estratégias para o desenvolvimento [ do futebol feminino] com projetos de lei, parcerias com instituições e com a CBF. As ações do Ministério entram no contexto da candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2027."
Moser declarou que trata-se de uma oportunidade para desenvolver as atletas e deixar um legado positivo. "O legado vem antes, a partir de agora", completou.
A ministra ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu aval para que a pasta pudesse aproveitar as estruturas já construídas para a Copa de 2014 - em que o Brasil sediou o evento mundial do futebol .
"O legado e os investimentos estão ai em uso e já é muito além do que é necessário para sediar a Copa [de 2027]. É a construção do avanço do futebol feminino no Brasil."
Ana Moser também explicou que os Estados Unidos - que já sediou o evento em 1999 e 2003 - e a Austrália - atual sede do torneio - aplicaram políticas públicas para fomentar o futebol feminino através das Copas.
"Vimos na Austrália o quanto eles, com planejamento prévio que começou em 2019, investiram no desenvolvimento do futebol feminino. Mais do que isso, na mulher no esporte e na sociedade, em posições de liderança
Europa também iniciou um movimento em prol da categoria e solidificou a cultura das mulheres no campo de futebol com Alemanha, França e Suécia como seleções femininas referência.
Paralelo com o vôlei
Moser também ressaltou que o vôlei mostrou que é possível desenvolver competições em alto nível nas categorias masculino e feminino, caso haja investimento constante e aprimoramento. Atualmente, as duas seleções de vôlei figuram entre as maiores potências globais.