Como não serão mais monitorados, eles precisam entregar os passaportes às autoridades.
Outras medidas cautelares estão mantidas, como a proibição de contato entre os investigados.
A decisão ocorre após o ministro autorizar a volta do desembargador Sérgio Fernandes Martins ao cargo de presidente do Tribunal de Mato Grosso do Sul, sem tornozeleira.
Em nota, a Corte informou que, "com a plena restauração de suas prerrogativas", o desembargador retomou suas atividades administrativas e judiciais até o término do mandato.
Além dos desembargadores, também são investigados parentes dos magistrados, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, servidores do Judiciário, um procurador de Justiça, empresários e advogados.
A Polícia Federal vê indícios de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O inquérito tramita no STF porque há suspeita de envolvimento de servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no esquema de negociação de decisões.
Até o momento, segundo o STJ, não há indícios que desabonem a atuação de nenhum ministro da Corte.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza o Poder Judiciário, esteve em Mato Grosso do Sul neste mês para um evento institucional e, diante dos magistrados do Estado, defendeu que ninguém deve ser condenado antes do julgamento.