Wajngarten diz que carta da Pfizer ao governo ficou 2 meses sem resposta

Correspondência foi enviada a Bolsonaro, Mourão, Pazuello, Guedes, Braga Netto e o embaixador do Brasil nos EUA

Da redação com BandNews TV

Em depoimento à CPI da Pandemia, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten, disse que o contato da Pfizer para a venda de vacinas ficou por dois meses sem resposta.

A correspondência foi endereçada ao presidente da República Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão, o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ministro da Economia Paulo Guedes, o então ministro da Casa Civil Walter Braga Netto e o embaixador do Brasil nos EUA Nestor Forster Jr.

A carte de 12 de setembro dizia que "a potencial vacina da Pfizer/Biontech é uma opção muito promissora para ajudar o seu governo a mitigar essa pandemia. Quero fazer todos os esforços possíveis para que doses de nossa futura vacina sejam reservadas para a população brasileira. Porém, celeridade é crucial devido à alta demanda de outros países e ao número limitado de doses".

De acordo com Wajngarten, o dono de um veículo de comunicação alertou a ele que a Pfizer tinha tentado entrar em contato com o governo e não obteve resposta.

Ele disse que avisou Bolsonaro sobre a carta e marcou uma reunião em 17 de novembro com o então presidente da Pfizer, Carlos Murillo, mas que o presidente não participou dela.

O ex-secretário, no entanto, nega que fossem oferecidas 70 milhões de doses no contato inicial da farmacêutica: "As propostas da Pfizer falavam no começo da conversa em irrisórias 500 mil doses".

Wajngarten ainda teve mais duas reuniões com a Pfizer, em 7 de dezembro, quando a empresa apresentou caixas de armazenamento da vacina. O terceiro encontro teria sido para tratar de cláusulas do contrato que, segundo ele, dificultavam o acordo, mas ele não citou a data.

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