Vladimir Putin visita o Oriente Médio

Boicotado pelo mundo ocidental, a Putin restam poucos amigos com quem negociar e se relaciona

Por Moises Rabinovici

Vladimir Putin
putnik/Pavel Bednyakov/Kremlin via REUTERS

O presidente russo Vladimir Putin está no Oriente Médio. Foi recebido pelo presidente dos Emirados, Mohammed bin Zayed Al-Nahyan. 

É a primeira visita a um país sem fronteira com a Rússia desde que a Corte Criminal Internacional, em Haia, pediu a sua prisão por crimes de guerra na Ucrânia. O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, também o receberá. 

Boicotado pelo mundo ocidental, a Putin restam poucos amigos com quem negociar e se relacionar, fora a Síria, o Irã, a Coreia do Norte e o Quirquistão.

As notícias do 61º dia de guerra repetem as de dois meses: novos bombardeios aéreos israelenses, população palestina deslocada lotando hospitais, soldados e combatentes do Hamas em batalhas corpo a corpo, manifestações pela libertação dos 138 reféns ainda cativos, apoio do presidente Biden ao primeiro-ministro Netanyahu, e nenhuma nova esperança de cessar-fogo. Mortos em Gaza: 15.899, e contando.

Os houthis iemenitas, armados pelo Irã, dispararam um quarto míssil balístico na direção de Eilat, balneário ao sul de Israel, em frente à Jordânia, a 1.600 quilômetros de distância do Iêmen. 

Mas o novo antimissil Arrow o abateu antes que atingisse o alvo. Ontem, em Sanaa, a capital iemenita, um arsenal explodiu. Teria sido uma represália pelos ataques a navios comerciais, aos porta-aviões americanos e aos misseis contra alvos israelenses.

O primeiro-ministro Netanyahu visitou os soldados numa das frentes em Gaza. Chamou-os de "heróis", falou que o Hamas será aniquilado e que Israel vai cuidar da região, mesmo depois que a guerra acabar, porque não pode entregar a segurança de Israel a nenhum exército que não o israelense. 

O presidente Biden continua pressionando Israel a ter mais cuidado com a população civil palestina e calculou que a guerra só vá terminar em janeiro do ano que vem.

Chris Anderson, vai lançar um novo livro

O curador-chefe do TED, Chris Anderson, vai lançar um novo livro em 23 de janeiro de 2024, Infectious Generosity (Generosidade Infecciosa).

Há 20 anos ouvindo “ideias que valem a pena compartilhar”, enunciadas por prêmios Nobel, pensadores, políticos e acadêmicos, Anderson deve ter refinado a própria ideia que vai compartilhar. Como diz a propaganda antecipada do livro: "Todos nós devemos aproveitar a internet como uma força que aproxima as pessoas em vez de afastá-las. Por meio de uma combinação de histórias inspiradoras, pesquisa psicológica de ponta e orientação prática, Generosidade Infecciosa serve como um manifesto e um manual para embarcar em uma jornada de generosidade."

Toda a renda da venda do livro será doada ao TED, organização sem fins lucrativos dedicada a descobrir e disseminar ideias que estimulam conversas, aprofundam a compreensão e impulsionam mudanças significativas.

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