Vladimir Putin não aceita ser atacado como ataca a Ucrânia

O presidente vem acertando a Ucrânia, na invasão que iniciou em 2022, com mísseis norte-coreanos e iranianos

Por Moises Rabinovici

Vladimir Putin não aceita ser atacado como ataca a Ucrânia
Reuters

O que é bom para o presidente russo Vladimir Putin não é bom quando contra ele. No caso, agora, é a permissão para a Ucrânia usar mísseis ocidentais de longo alcance para acertar a Rússia mais profundamente.

Putin vem acertando a Ucrânia, na invasão que iniciou em 2022, com mísseis norte-coreanos e iranianos. Atinge prédios residenciais, maternidade, hospitais, escolas e as vizinhanças de uma grande usina nuclear. Esta semana, com drones alterados para voos mais distantes, a Ucrânia chegou a bairros perto de Moscou. Foi acusada de “terrorismo”.

Sob a ameaça de países da NATO de suspender as restrições ao uso de mísseis de longo alcance, Putin reagiu: “Isso significa que os países da NATO (os Estados Unidos e os países europeus) estão em guerra com a Rússia. E se esse for o caso, então, tendo em mente a mudança na essência do conflito, tomaremos as decisões apropriadas às ameaças que nos serão impostas”.

Ao mesmo tempo, a Rússia expulsou seis diplomatas britânicos, sob a acusação de espionagem e sabotagem, elevando a tensão em suas relações com o Reino Unido. O Serviço Federal de Segurança Russo (F.S.B.) explicou a expulsão como resposta às “numerosas medidas hostis tomadas por Londres”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, chamou a atenção para a declaração “muito importante” sobre a guerra com a OTAN feita por Putin na quinta-feira. Ele acrescentou que espera que todos os destinatários a tenham recebido.

Os seis diplomatas britânicos deixaram a Rússia em agosto, depois de acusados, “sem fundamento”, de desenvolverem “trabalho subversivo com o objetivo de prejudicar” o povo russo. O que os russos não querem é a entrada do míssil britânico Storm Shadow (Sombra da Tempestade), que foi apresentado em julho, em Farnborough, Inglaterra.

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