Uma vistoria feita pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo descartou o risco de ruptura no prédio de dez andares incendiado na região da Rua 25 de Março, no centro da capital paulista.
De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Marcos Monteiro, neste sábado (16) terá início a parte de proteção da obra, com tapumes e instalação do canteiro, que são serviços preliminares. O trabalho na parte interna será feito somente após a finalização da perícia.
“A estrutura está em bom estado ou, pelo menos, não oferece risco de ruptura imediata, ou sem aviso. Isso permite que a perícia já esteja lá dentro realizando os trabalhos”, explicou.
Ele disse que foi possível acessar todos os andares do edifício e que a estrutura se encontra bem resfriada. “Nós tínhamos uma dúvida de até que andar conseguiríamos chegar em função de temperatura, em função de gases”, apontou.
Com a liberação da equipe de perícia, será feita a limpeza da área interna. “A gente tem muito detrito, muitas paredes em risco de queda”, disse, destacando que é necessário dar condições de segurança para os operários. “Temos a situação da alvenaria que está para as lojas mais baixas [ao lado], numa situação mais crítica, então tem que fazer a proteção com bandejas para que alguma queda não fira alguém que esteja passando. Só depois começa o trabalho [de demolição]”, detalhou o secretário.
Monteiro explicou ainda que não vai ser necessário utilizar grande maquinário para a demolição, o que trará menos transtornos ao entorno. “A demolição vai ser feita com equipamentos menores, por dentro do edifício”, explicou.
Ele acrescentou que será feito o escoramento de alguns pontos do edifício, os quais foram identificados pelos técnicos, que são mais delicados. “Não vai ser da construção toda.” Segundo o secretário, duas lojas que ficam ao lado do prédio incendiado devem permanecer fechadas.
Demolição
A derrubada do prédio será feita de forma mecânica e não com explosivos usados em casos de implosão.
O trabalho terá início pelo 17º andar e seguirá até o 7º. Os técnicos responsáveis vão avaliar se a derrubada vai ser parcial ou total. A previsão é que o processo todo leve mais de um mês para ser concluído.
A demolição foi autorizada pela Assembleia dos Proprietários e será realizada pela prefeitura, que vai contratar a empresa. Após o fim dos trabalhos, os custos serão repassados aos condomínios para ressarcir os cofres públicos.
O incêndio começou na noite de domingo no andar térreo. Dois bombeiros que ficaram feridos durante o combate às chamas se recuperam no hospital. O fogo também atingiu outros três imóveis e nove prédios no entorno ainda estão interditados.