O resultado da eleição nos EUA será uma guerra civil para milhares de americanos — mostra a revista New Yorker desta semana, com uma reportagem sobre a multiplicação de fazendas preparadas para receber refugiados e combatentes.
As fazendas estão em locais secretos, guardam víveres para um ano, que são blindadas com aço galvanizado contra tiros, têm água corrente, salas subterrâneas e armas e munições “abundantes” para um mês de combates.
Cada membro paga de 4 mil a 60 mil dólares para se hospedar, dependendo do prazo (de cinco a 50 anos). Com banheiros privativos, há um custo extra. O repórter da New Yorker, Charles Bethea, visitou o Fortitude Ranch, nas montanhas perto do Distrito de Colúmbia, “o grande alvo óbvio”. Quando o proprietário teve a ideia, descobriu não ter sido o primeiro. Várias imobiliárias estavam procurando locais para a guerra civil.
Cerca de 20 milhões de americanos acreditam no “cataclisma” a partir da eleição desta terça-feira. Quando começar, o Fortitude Ranch, agora uma rede já quase toda lotada de hóspedes, vai dar o alerta via app. O Texas, provavelmente, vai se separar dos EUA, se Trump perder. Se ele vencer, talvez se separem o Oregon e o Colorado.
Curiosa é a ligação dos donos dos “ranchos” com os serviços de inteligência de três letras — FBI, CIA, NSC... Estão todos monitorando a situação de uma perspectiva privilegiada. Para alguns, o estopim será aceso quando Trump aceitar ou não o resultado da eleição.
“Estaremos prontos”, diz o dono do Fortitude para a New Yorker.