Após atraso por investigação contra PCC, transporte na Billings é inaugurado

Início da operação atrasou devido à suspeita de ligação da empresa que ganhou a licitação com o PCC; entenda

Por Maju Arruda Leite

Após atraso por investigação contra PCC, transporte na Billings é inaugurado
Novo transporte aquático em funcionamento na represa Billings
Reprodução/Rádio Bandeirantes

Após atraso de sete meses, o transporte público por barcos na represa Billings, localizada na zona sul de São Paulo, foi inaugurado nesta segunda-feira (13). O início da operação era previsto para setembro do ano passado (assista abaixo ao vídeo do funcionamento).

Um dos maiores e mais importantes reservatórios de água da Região Metropolitana teve o início do tráfego atrasado no último mês por conta de investigação do Ministério Público contra as empresas de mobilidade Transwolff e Upbus, suspeitas de ligação com o PCC.

A operação do novo transporte, então, foi transferida para Prefeitura de São Paulo e para funcionários da SPTrans. A nova modalidade liga os bairros de Cantinho do Céu até Pedreira, no extremo sul da capital.

A prefeitura estima que cerca de 385 mil moradores serão beneficiados com redução de tempo gastos para locomoção. Nesta fase de testes, que durará por alguns meses, os barcos irão operar das 10h às 16h todos os dias.

Ligação com o PCC

  • Quem ganhou a concessão do "Aquático São Paulo" foi a Transwolff, empresa acusada de ligação com o PCC e alvo de megaoperação no mês passado.  
  • Segundo investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a companhia, que ganhou a licitação em 2019, é uma das suspeitas de participar de um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado.  
  • A Prefeitura de São Paulo deve permanecer no comando da Transwolff e da Upbus, outra empresa investigada pelo mesmo motivo, por pelo menos 6 meses.
  • As duas empresas atendem a mais de 700 mil passageiros por dia.  
  • Juntas, elas faturaram mais de R$ 800 milhões em 2023.  
  • O MP estima que o faturamento anual do PCC seja de cerca de R$ 1 bilhão.  
  • Para ocultar o dinheiro, a facção utiliza métodos complexos e setores da economia para ocultar recursos.  
  • No caso do transporte em São Paulo, segundo o MP, as empresas só conseguiram ganhar contratos porque usaram dinheiro do crime organizado. 

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