Vice-primeira-ministra do Canadá se demite e aumenta tensão sobre o governo

Chrystia Freeland disse que teve "conflitos" com o primeiro-ministro, Justin Trudeau

Da Redação

Chrystia Freeland, vice-primeira-ministra do Canadá
REUTERS/Blair Gable/File Photo

Chrystia Freeland, vice-primeira-ministra e ministra das finanças do Canadá, pediu demissão nesta segunda-feira (16), em um movimento que foi recebido com choque no país. Em um comunicado, ela criticou o atual primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, e falou sobre os desafios que serão enfrentados com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

“Nas últimas semanas, eu e você nos encontramos em conflito sobre qual seria o melhor caminho para o Canadá. Nosso país hoje enfrenta graves desafios. A administração iminente dos Estados Unidos está perseguindo uma política de nacionalismo econômico agressivo, incluindo a ameaça de tarifar nossos produtos em 25%”, enfatizou ela.

Em sua carta de demissão, Chrystia afirmou ainda que está situação precisa ser levada “muito a sério” e que não pode ser resolvida por meio de “artifícios políticos custosos”.

A saída da ministra aumenta a tensão sobre o governo de Trudeau, que lida com uma crise de popularidade e já teve perdas significativas em eleições recentes. Em 2025, o país irá às urnas no pleito geral e segundo as pesquisas há a possibilidade concreta de o partido Liberal, de Trudeau, ser derrotado pelos Conservadores.

Agora, aumenta a tensão sobre o primeiro-ministro, que já enfrentava questionamentos se deveria seguir como líder de seu partido até as eleições.

No final de outubro, quase uma dezena de parlamentares liderais enviaram uma carta pedindo que Trudeau renunciasse. O líder do partido Conservador, Pierre Poilievre, pediu o adiantamento das eleições.

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