Vice Felício Ramuth assume interinamente governo de SP com licença de Tarcísio

Por Estadão Conteúdo

O vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), assumiu nesta sexta-feira, 27, o cargo de governador interino enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) tira 15 dias de licença.

Segundo comunicado enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o afastamento, iniciado em 18 de dezembro, foi motivado por assuntos particulares, incluindo uma viagem ao exterior, onde Tarcísio passa o recesso com a família. Ele deve retomar o cargo em 11 de janeiro.

Ramuth foi prefeito de São José dos Campos entre 2017 e 2022 antes de integrar a chapa de Tarcísio pelo PSD. Previamente, Ramuth teve uma longa carreira no PSDB, partido pelo qual atuou por 28 anos. É evangélico e tem formação em administração com MBA em gestão pública pela FGV.

Apesar de ter criticado Tarcísio e Jair Bolsonaro (PL) durante a pré-campanha, Ramuth alinhou-se ao grupo, chegando a participar de um ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista em fevereiro, na capital. Durante o evento, comentou sobre um suposto esforço do governo federal para enfraquecer lideranças de direita.

A experiência administrativa de Ramuth inclui passagens como presidente da Urbam (Urbanizadora Municipal de São José dos Campos), secretário municipal de Transportes, secretário de projetos especiais de Comunicação e gestor de mobilidade urbana na Frente Nacional de Prefeitos.

No cenário político, Ramuth equilibra a convivência com bolsonaristas e a independência de seu partido. Durante as eleições municipais de 2024, apoiou Anderson Farias, (PSD) reeleito em São José dos Campos, enfrentando antigos aliados como Eduardo Cury (PL).

Antes da política, sonhava em ser ator e dançarino. Estrelou a peça O Gênio do Crime com Caco Ciocler e se dedica à dança folclórica israelita.

Ramuth, que lidera ações do Estado na cracolândia, descarta ampliar estratégia de internação compulsória de usuários de droga e aposta no uso de câmeras inteligência no controle dos problemas da região. Quanto aos ataques de dependentes químicos a ônibus e caminhões de lixo em 2023, que geraram caos na região, Ramuth afirmou ao Estadão que foram "reações às ações corretas" do poder público.

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