O ex-presidente Jair Bolsonaro sofreu mais uma derrota no Supremo Tribunal Federal após o ministro Alexandre de Moraes negar a devolução de seu passaporte.
O documento do ex-presidente foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro, durante desdobramentos da Operação Tempus Veritatis, que investiga suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção no poder.
Segundo a defesa de Bolsonaro, ele teria sido convidado pelo primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a passar quatro dias no país em maio. Mas o STF manteve a proibição de que ele deixe o Brasil.
Alexandre de Moraes acatou integralmente o parecer do procurador-geral da República. Paulo Gonet afirmou que a viagem do ex-presidente ao exterior representaria "perigo às investigações em andamento".
O ministro concordou e entendeu que é "necessário e adequado" que Bolsonaro permaneça em solo brasileiro.
A negativa de Moraes vem na semana que em que vídeos mostraram o ex-presidente na embaixada da Hungria, após a apreensão do passaporte dele. Por ser considerado um território sob controle de outra nação, Bolsonaro estava fora do alcance da justiça brasileira no período em que esteve lá.