Depois de anunciar o fim da checagem de informações no Facebook e no Instagram, Mark Zuckerberg divulgou um vídeo em que explica melhor as mudanças que surgirão nas redes sociais. Ele também fez comentários sobre política internacional e prometeu parceria com Donald Trump.
Liberdade de expressão e política
Inicialmente Zuckerberg alegou que "é hora de voltar para nossas raízes de livre expressão no Facebook e no Instagram". O bilionário contou que, há 5 anos, fez um discurso sobre liberdade de expressão e ainda acredita nisso.
Mas na sequência ele deixou claro que a mudança tem um fundo político: "Governos e a mídia tradicional têm pressionado para censurar cada vez mais. Muito disso é claramente político".
Parceria com Trump
Zuckerberg deixou claro que conta com Donald Trump para que as mudanças feitas sejam aceitas no mundo todo: “Trabalharemos com o presidente Trump para repelir os governos de todo o mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando para censurar mais. Os EUA têm as proteções constitucionais mais fortes do mundo para a liberdade de expressão”.
Nesse momento Zuckerberg criticou a América Latina: “A Europa tem um número cada vez maior de leis, institucionalizando a censura e dificultando a criação de algo inovador por lá. Os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas do ar silenciosamente. A China censurou nossos aplicativos, impedindo-os até mesmo de funcionar no país”.
E então ele voltou a reforçar a parceria com Trump: "A única maneira de impedirmos essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA. E é por isso que foi tão difícil nos últimos quatro anos, quando até mesmo o governo dos EUA pressionou por censura".
Como será o novo sistema?
Agora as redes sociais vão contar com a Notas da Comunidade, em que os próprios usuários ficarão responsáveis por sinalizar conteúdos considerados ilegais. Dessa forma, a Meta vai simplificar suas regras de moderação e diminuir os avisos de conteúdo nocivo nas plataformas. É um modelo criado por Elon Musk no X, nome do antigo Twitter.
Menos erros
Zuckerberg afirmou que a Meta tem usado "sistemas complexos" para controlar o conteúdo, mas eles cometem "muitos erros e muita censura".
Por isso ele acredita que, com um sistema mais simples, os erros vão diminuir: "Muito conteúdo inofensivo é censurado", admitiu.
Simplificar políticas de conteúdo
O bilionário também prometeu “se livrar de diversas políticas de conteúdo nas redes sociais” e deu exemplos - disse que não vai mais sinalizar publicações que falem sobre imigração ou gênero.
Abordagem de conteúdo político
Zuckerberg disse que, nos últimos anos, as pessoas não queriam mais ver conteúdo sobre política. Então as redes sugeriam menos esse tipo de conteúdo. Mas agora a abordagem vai mudar, pois é “uma nova era”, segundo ele. Instagram e Facebook vão sugerir mais conteúdos políticos em seus feeds.
Mudança para o Texas
Também haverá uma mudança física da Meta. Ele vai migrar a equipe de regulação da Califórnia para o Texas, onde “há menos preocupação”, segundo Zuckerberg.
* Com Estadão Conteúdo