Erros, intencionais ou não, foram registrados durante a vacinação contra a covid-19 em várias cidades pelo Brasil. Por isso, Rodrigo Hidalgo mostra, no Jornal da Band, quais detalhes devem ser conferidos na hora da vacinação.
A aplicação de uma vacina é um processo simples e rápido. A pessoa que recebe a dose precisa apenas oferecer um dos braços, e o profissional injeta o imunizante. Mas não foi isso que o aconteceu com uma idosa, de 88 anos, em Goiânia (veja no vídeo acima). A agulha é espetada, mas o imunizante não foi aplicado. A cena foi registrada pela filha da idosa, que alertou a enfermeira, que aplicou a dose corretamente posteriormente.
Em Maceió, uma idosa de 97 anos passou pela mesma situação. Depois da denúncia, ela acabou vacinada. Em Manaus, o erro foi outro. A seringa estava vazia, fato percebido pelo acompanhante da idosa.
Em Niterói, na região metropolitana do Rio, um idoso chegou a ser furado com a agulha, mas não recebeu a dose da vacina. Em um vídeo gravado pela família, é possível ver que a técnica de enfermagem não pressiona o êmbolo da seringa para injetar o líquido. Ele acabou imunizado no dia seguinte. Já em Petrópolis, na região serrana, uma seringa vazia foi aplicada em uma idosa, de 94 anos. A responsável pela aplicação também foi afastada e a paciente imunizada no dia seguinte.
Todos servidores públicos envolvidos serão investigados para apurar se os casos ocorreram por falhas ou se houve, de fato, má-fé. As denúncias também estão sendo usadas como exemplos para que as cenas não se repitam mais durante a vacinação contra a covid-19.
Orientações básicas podem diminuir o risco de erro na hora da vacinação.
“Junto com o paciente, você verifica: ‘olha, está sendo administrada a vacina contra a covid-19, do laboratório x, com a validade y’. Isso é importantíssimo. Está no frasco da vacina. Antes de preparar a vacina, mostra para a pessoa. Como, por exemplo, em uma coleta de sangue. O profissional sempre mostra pra gente. ‘Olha eu estou usando uma seringa descartável. Uma agulha descartável. Estou abrindo aqui o material’. É a mesma coisa”, explica a enfermeira e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações Mayra Moura.
Mais de 5 milhões de pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 no Brasil.
Caso o desvio de doses ou qualquer outra irregularidade sejam confirmados, o profissional pode responder por peculato - crime que pode chegar a 12 anos de prisão.