Um túnel descoberto embaixo de um antigo templo egípcio pode ser a chave para desvendar um mistério de anos na arqueologia. Os especialistas acreditam que a passagem subterrânea pode levar ao túmulo perdido de Cleópatra, a última e mais famosa rainha do Egito.
A descoberta foi feita por um grupo de pesquisadores da Universidade Autônoma de Santo Domingo, da República Dominicana. Segundo a arqueóloga Kathleen Martinez, que lidera a expedição, Cleópatra e seu amante, Marco Antônio, podem ter sido enterrados dentro do Templo de Taposiris Magna, perto da antiga capital Alexandria.
Localizado a 13 metros abaixo do solo, o túnel egípcio tem 2 metros de altura e mais 1,3 km de extensão. Ele é descrito como um "milagre geométrico" pelo seu formato semelhante ao aqueduto de Eupalinos, na ilha grega de Samos, tido como um dos mais importantes projetos de engenharia da Grécia antiga e considerado Patrimônio Cultural da Unesco.
De acordo com o tabloide britânico Daily Mail, Martinez busca há anos a localização do túmulo de Cleópatra. Agora, ela acha que está no caminho certo com o túnel descoberto. Encontrar os restos mortais da última rainha do Egito seria “a descoberta mais importante do século 21”, segundo a arqueóloga.
O Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito compartilhou nas redes sociais fotos do túnel, que estava em parte submerso no mar Mediterrâneo. O site Live Science explica que o túnel em Taposiris Magna data do período ptolomaico (304 a.C. a 30 a.C.), época em que o Egito era governado por uma dinastia de reis descendentes de um dos generais de Alexandre, o Grande.
No local, os especialistas encontraram vários artefatos do Egito Antigo, como duas cabeças de estátuas: uma das quais provavelmente representa um rei e a outra, uma pessoa de alto escalão, disse Martinez ao site Live Science.
Moedas com as imagens e nomes da rainha Cleópatra e Alexandre, o Grande, além esculturas da deusa Ísis e outras divindades egípcias também foram encontrados no túnel.