Valdemar diz "ter fé" que Bolsonaro será candidato e reforça narrativa bolsonarista

É a primeira vez que o presidente do PL participa de um evento público desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou as restrições de encontro com Jair Bolsonaro

Por Estadão Conteúdo

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em evento no Rio de Janeiro, pela anistia dos envolvidos no 8/1
REUTERS/Pilar Olivares

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou neste domingo, 16, no ato em prol dos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro, que "tem fé" que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será candidato à Presidência em 2026. 

Inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e denunciado por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro mantém o discurso de que participará do próximo pleito para manter a militância coesa.

"Tenho fé que Bolsonaro será candidato à presidente da República. Com esse governo, o combustível ficou caro. Então, volta, Bolsonaro. A carne ficou cara, então volta Bolsonaro. A energia ficou cara, então volta Bolsonaro", afirmou Valdemar.

Em meio a manifestação por anistia no Rio de Janeiro, presidente do PL diz acreditar que Bolsonaro, que está inelegível, disputará a presidência da República. É a primeira vez que Valdemar participa de um evento público ao lado de Bolsonaro desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou as restrições de encontro entre os dois.

Os ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, e as consequentes denúncias aos envolvidos nos atos antidemocráticos fazem parte do pano de fundo da manifestação. A expectativa do entorno do ex-presidente é que o ex-chefe do Executivo possa ser beneficiado com um possível perdão aos condenados.

O Estadão apurou junto a aliados bolsonaristas que o ato também tem o propósito de reforçar Bolsonaro como uma liderança influente na direita, com foco nas eleições presidenciais de 2026. 

A estratégia envolve manter sua base mobilizada até o ano eleitoral e condicionar seu apoio político a um candidato alinhado, em troca da possibilidade de uma concessão do instituto da graça - mecanismo que permite ao presidente da República conceder o perdão individual a um condenado por meio de um decreto, extinguindo a pena imposta pela Justiça, o que poderia beneficiar Bolsonaro em um eventual desfecho desfavorável no STF.

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