O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou em depoimento para a Polícia Federal nesta quinta-feira (2) que recebeu “duas ou três propostas” da “minuta do golpe”. Segundo Costa Neto, os documentos não tinham identificação ou que “não faziam sentido nenhum”, por isso teria jogado todos fora. 

Costa Neto citou que na declaração dada ao jornal O Globo, em que afirmou que documentos com teor golpista estavam ‘na casa de todo mundo’, ele usou de uma metáfora. Na entrevista, ele disse que integrantes e interlocutores de Jair Bolsonaro tinham minutas como as encontradas na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. 

No depoimento, o presidente do PL afirma que não sabe quem distribuiu as minutas e que recebeu um documento do tipo por uma advogada em um aeroporto, mas não sabe quem é ou se realmente é advogada. Quando citou que várias pessoas tinham o documento, Valdemar teria usado apenas uma “força de expressão”, por acreditar que políticos teriam recebido documentos do tipo, como ele recebeu várias vezes. 

Sobre Anderson Torres, Valdemar disse que só visitara o Ministério da Justiça uma úica vez e que "não tinha relações com Anderson Torres", além de que não conhecia ninguém do alto comando da Polícia Militar do DF.

Valdemar Costa Neto também cedeu o celular para a Polícia Federal investigar. O presidente do PL citou que a questão do artigo 142, usada por bolsonaristas para justificar a possibilidade de golpe de Estado, nunca foi tratada pelo PL ou pelo Bolsonaro com ele.