A análise foi feita pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da pasta, com mais de dez especialistas.
Em nota, o governo paulista disse que não há relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado pela criança vacinada com dose da Pfizer, autorizada pela Anvisa para sua faixa etária.
A análise é de que o episódio foi causado por uma doença congênita rara, quadro que não era conhecido pela família. Também foi levado em conta o curto intervalo entre a aplicação e o início dos sintomas, menos de 12 horas, o que não caracterizaria a hipótese de uma miocardite causada pela vacinação, apontou a colunista em reportagem publicada na “Folha de S. Paulo”.
Após o episódio, a campanha de vacinação de crianças foi suspensa por sete dias na cidade desde a última quarta-feira (19) até a próxima terça (25) - a imunização de adultos segue normalmente.
A menina foi levada a um hospital particular, reanimada, apresenta quadro de saúde estável e está em observação em um hospital de Botucatu, para onde foi transferida.
Segundo relato da prefeitura de Lençóis Paulista, as demais crianças vacinadas no dia 18 de janeiro estão sendo monitoradas pela equipe da Vigilância Epidemiológica e nenhuma apresentou reação adversa até o momento.
Veja a nota divulgada pelo governo de São Paulo sobre o caso:
O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde informa que concluiu nesta quinta-feira (20) a investigação que descartou o evento adverso pós-vacinação na criança de 10 anos do município de Lençóis Paulista. Não existe relação causal entre a vacinação e quadro clínico apresentado.
A análise realizada por mais de 10 especialistas apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico.
A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da vacinação e reafirma que todas os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são seguros e eficazes.