A coordenadora do Plano de Imunização do Estado de São Paulo, Regiane de Paula, afirmou nesta segunda-feira (03) que idosos com 60, 61 e 62 anos já vão poder receber doses da Pfizer a partir desta quinta-feira, data de início da próxima etapa de imunização.
Regiane confirmou em entrevista ao Manhã Bandeirantes que a cidade de São Paulo vai ficar com 137 mil doses da Pfizer para imunizar a população, que serão distribuídas nas unidades básicas de saúde da cidade e poderão ser usadas já no próximo grupo incluído no programa de vacinação.
“Por conta de toda a logística da distribuição da vacina da Pfizer, que é muito difícil, a orientação do Ministério da Saúde é que as doses fiquem nas capitais”, diz Regiane.
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse que as doses da Pfizer se somam às da Oxford/Astrazeneca, que já são usadas na capital paulista.
Aparecido afirmou que São Paulo desativou os drive-thrus da vacinação porque muitas pessoas de fora da cidade viajavam para serem imunizadas e alerta que os pacientes não devem escolher vacina, mas receber aquela que estiver disponível.
A cidade deve receber um segundo lote da Pfizer no dia 17 de maio.
Falta de Coronavac
De acordo com Regiane, quando o governo do estado abre a vacinação para um determinado público alvo, o mesmo número de vacinas é enviado para a primeira e posteriormente a segunda dose. “O que acaba acontecendo é que alguns municípios antecipam ou abrem outras faixas etárias e, com isso, em um momento importante, deixam de ter a segunda dose disponível para 28 dias, se é a vacina do Butantã, ou para 12 semanas, no caso da vacina da Fiocruz”, explica a coordenadora.
“Se a gente manda um documento detalhando qual é o público alvo a ser vacinado, é muito importante que os municípios entendam que a gente está trabalhando com muito rigor para que a gente não tenha a falta de vacinas para completar o esquema vacinal", diz. “Se algum município antecipou faixa etária ou não seguiu o que está determinado pelo programa estadual de imunização, neste momento ele pode ter a falta da vacina Coronavac para segunda dose”.
Ela lembra que a segunda dose de Coronavac deve ser aplicada em até 28 dias depois da primeira dose. Em caso de atraso, cada município deve completar o esquema vacinal e realizar a imunização de quem não recebeu a vacina no prazo. “A pessoa só não pode ficar sem a segunda dose. É importante que as pessoas retornem para tomar a vacina”, conclui.