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UNRWA é ‘o último raio de esperança’ em Gaza, diz secretário-geral da ONU

António Guterres afirma que lacuna de financiamento para a Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos é ‘profunda’

Da Redação com onu news

UNRWA é ‘o último raio de esperança’ em Gaza, diz secretário-geral da ONU
REUTERS/Eduardo Munoz

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou nesta sexta-feira (12) que o “nível extremo” de combates e devastação em Gaza é “incompreensível e indefensável” e que todos os locais do enclave palestino se tornaram “uma zona potencial de matança”.

Durante a conferência de doadores da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), realizada na sede da organização em Nova York, ele alertou que a lacuna de financiamento é “profunda”.

Segundo Guterres, “a desesperança é a maior aliada da instabilidade” e o trabalho da UNRWA é um dos maiores fatores que proporcionam “esperança e estabilidade em uma região conturbada”.

O chefe das Nações Unidas declarou que sem o apoio e financiamento necessários à agência, os palestinos perderão “o último raio de esperança para um futuro melhor”.

Ele destacou também que a guerra é marcada por lacunas no “respeito pelo direito humanitário internacional e no reconhecimento dos direitos humanos universais e da dignidade para todos”.

António Guterres voltou a condenar os ataques do Hamas de 7 de outubro e a ofensiva israelense desencadeada desde então. Ele ressaltou que o povo palestino está vivenciando “o período mais mortal” desde a criação da UNRWA, em 1949.

Funcionários da ONU no conflito em Gaza 

O secretário-geral da ONU lembrou que 194 funcionários da agência foram mortos até agora, o maior número de mortes de funcionários na história da organização.  Muitos deles faleceram com suas famílias.

Guterres acrescentou que a Unrwa está sendo atacada de outras formas, pois os funcionários têm sido alvo de protestos cada vez mais violentos e de campanhas virulentas de desinformação.

Para ele, é hora de “pôr fim a esta terrível guerra, começando com um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e uma libertação imediata e incondicional de todos os reféns”. 

O líder da ONU defendeu uma solução que “concretize uma visão de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo lado a lado em paz e segurança, com Jerusalém como capital de ambos os Estados”.

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