União Europeia não reconhece resultados de eleição na Venezuela e pede auditoria

Em comunicado, organização solicita uma verificação independente adicional dos registros eleitorais; UE diz que momento é crítico e pede "calma e moderação"

Da redação

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Reuters

A União Europeia afirmou, em comunicado, que não reconhece os resultados das eleições presidenciais na Venezuela que, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), reelegeu o presidente Nicolás Maduro.

"Apesar do seu próprio compromisso, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) ainda não publicou os registros oficiais de votação (“actas”) das mesas de votação. Sem evidências que os corroborem, os resultados publicados em 2 de agosto pelo CNE não podem ser reconhecidos. Qualquer tentativa de atrasar a publicação completa dos registros oficiais de votação só lançará mais dúvidas sobre a credibilidade dos resultados oficialmente publicados", diz o comunicado. 

Segundo o CNE, Maduro venceu as eleições com 51,95% dos votos contra 43,18% do opositor, Edmundo González. A oposição, no entanto, contesta o resultado e afirma ter provas de que saiu vencedora do pleito.

A União Europeia solicitou uma verificação independente adicional dos registros eleitorais, "se possível por uma entidade internacionalmente renomada", diz o comunicado.

Após o resultado das eleições, manifestantes contrários a Maduro protestam por toda a Venezuela. Os protestos já resultaram em mais de 3 mil presos e cerca de 10 mortes. A União Europeia classifica as prisões como "arbitrárias". 

“A União Europeia está seriamente preocupada com o crescente número de detenções arbitrárias e o contínuo assédio à oposição. A União Europeia solicita às autoridades venezuelanas que ponham fim às detenções arbitrárias, à repressão e à retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, e que liberem todos os prisioneiros políticos.”

"Respeitar a vontade do povo venezuelano continua sendo o único caminho para que a Venezuela restaure a democracia e resolva a atual crise humanitária e socioeconômica", diz o comunicado da União Europeia.

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