Ucranianos vão às ruas em manifestação contra possível invasão russa

Cidadãos foram ao estádio olímpico de Kiev, onde hastearam bandeiras e cantaram o hino da Ucrânia

Da redação com BandNews TV

Presidente Volodymyr Zelensky decretou feriado nacional contra suposta invasão russa
Reprodução TV Band

Os ucranianos hastearam bandeiras nacionais e cantaram o hino do país após o presidente Volodymyr Zelensky marcar para esta quarta-feira, 16, o “dia da união" contra uma suposta invasão russa. Uma grande celebração aconteceu no estádio olímpico de Kiev. 

Hoje foi considerado feriado na Ucrânia após decreto presidencial, chamado de Dia da Unidade Nacional. A medida foi uma resposta às informações divulgadas pela inteligência dos Estados Unidos de que a Rússia planejava um ataque militar no dia 16 de fevereiro.

“Dizem-nos que 16 de fevereiro será o dia do ataque. Faremos dele o Dia da União. O decreto pertinente já foi assinado. Neste dia, vamos hastear bandeiras nacionais, colocar fitas azuis e amarelas e mostrar ao mundo nossa unidade”, enfatizou Zelensky em post nas redes sociais na última segunda-feira, 14.

Putin diz que não quer guerra

O governo da Rússia, há semanas, diz que não pretende invadir o país vizinho, mas cobra “respostas satisfatórias”. Nesta segunda-feira, 14, Zelensky reiterou o interesse da Ucrânia em ingressar na Otan. Já Vladmir Putin pressiona para que forças do Ocidente não se estabeleçam no Leste europeu.

"É claro que não queremos [guerra]", disse Putin, ontem, em entrevista coletiva ao lado de Olaf Scholz, chanceler da Alemanha. O russo pontuou que Moscou continua aberta a negociações, “de forma que o resultado deve ser um acordo para garantir a igualdade de segurança de todos, incluindo nosso país”. 

Entenda a crise 

A Rússia quer impedir o avanço ocidental no Leste europeu. Devido a isso, o presidente Vladmir Putin é terminante contra a entrada da Ucrânia na Otan, aliança militar formada por países ocidentais.

A região era formada por países da antiga União da Repúblicas Socialistas Soviéticas, que entrou em declínio com o fim da Guerra Fria. Alguns países mantiveram-se sob a influência russa, como é o caso do Belarus, mas outros, inclusive, entraram na Otan, como Letônia e Lituânia.

A Ucrânia segue dividida entre os prós e contra a Rússia. Desde 2013, a fronteira russo-ucraniana registra tensões geopolíticas. Em 2014, o então presidente Víktor Fédorovych Yanukóvytch, pró-Moscou, foi deposto do poder em Kiev. No mesmo ano, a Rússia anexou a Península da Crimeia ao domínio do Kremlin.

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.