Ucrânia e Rússia avançam em acordo de cessar-fogo, diz jornal

“Plano de paz provisório”, segundo o jornal britânico, também prevê a retirada de militares russos de Kiev

Da redação com BandNews TV

Delegações russas e ucranianas costuram acordo de cessar-fogo Divulgação Embaixada da Rússia em Belarus
Delegações russas e ucranianas costuram acordo de cessar-fogo
Divulgação Embaixada da Rússia em Belarus

Houve progressos significativos nas negociações entre Rússia e Ucrânia, conforme divulgou o britânico Financial Times nesta quarta-feira, 16. O chamado “plano de paz provisório”, com 15 pontos, inclui um cessar-fogo e retirada de tropas de Kiev, caso a capital declare neutralidade e aceite impor limites para as Forças Armadas.

Segundo o jornal, três pessoas envolvidas nas negociações confirmaram o avanço nas conversas das delegações. O acordo envolveria a renúncia de Kiev ao interesse de ingressar na Otan, a aliança que reúne as principais potências militares do Ocidente. 

O acordo também pede o comprometimento ucraniano em não hospedar forças estrangeiras ou armamento em troca da proteção de aliados, como Estados Unidos, Reino Unido e Turquia.

Obstáculos

Um grande obstáculo para o acordo, porém, diz respeito à natureza das garantias ocidentais para a segurança ucraniana, bem como a aceitação para Moscou. 

Outro possível entrave tem a ver com o status dos territórios da Ucrânia tomados ou controlados pela Rússia, como a Península da Crimeia, anexada pelo Kremlin em 2014, e Donestsk e Luhansk, regiões separatistas pró-Moscou.

Segundo o Financial Times, horas depois, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse a uma agência estatal que ainda é cedo para falar sobre um possível acordo entre Moscou e Kiev.

21º dia de guerra

No 21º dia de guerra, novos bombardeios foram registrados em Kiev. Um prédio de 12 andares foi atingido e pessoas que estavam no edifício foram retiradas do local.

Zelensky, ontem, sugeriu a militares que a Ucrânia pode desistir de ingressar na Otan, uma das principais exigências de Putin. Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que as negociações não são fáceis, mas há, sim, alguma esperança de um acordo.

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