Ameaçado de impeachment, Donald Trump negou que tenha incitado a invasão ao Congresso americano. A declaração foi dada durante visita do presidente ao Texas nesta terça-feira (12) para fiscalizar a construção do muro ao longo da fronteira com o México. As informações são do Jornal da Band.
Apesar de ter chegado a pedir aos seus seguidores que “lutassem como no inferno” no último dia 6 de janeiro, Trump não admitiu ter insuflado os vândalos e disse que seu discurso foi “totalmente apropriado”.
O presidente minimizou a gravidade dos atos em Washington e disse que a pressão de deputados democratas por um segundo processo de impeachment é absolutamente ridícula, definindo-a como “a maior caça às bruxas da história da política americana”.
Democratas devem votar nessa quarta-feira (13) o impeachment de Trump na Câmara. Mas parece improvável que haja tempo suficiente para a votação do processo no Senado até a posse de Joe Biden, na próxima quarta-feira (20). Por isso, uma outra possibilidade é discutida no Congresso: um voto de censura e invocação de uma emenda da Constituição que proíbe quem promoveu rebelião de voltar a disputar cargo público.
Nesse cenário, além de não poder concorrer numa futura eleição, Trump poderia perder benefícios de ex-presidentes como proteção de serviço secreto e um orçamento de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões) por ano para viagens.
Mais de 100 pessoas que invadiram o Capitólio já foram presas e 10 mil homens da Guarda Nacional farão a segurança na posse de Biden em Washington.
O Twitter anunciou que baniu 70 mil perfis associados ao Q’Anon - rede que propaga teorias da conspiração e reúne apoiadores declarados de Trump.
Já o maior banco alemão, o Deutsche Bank, anunciou que vai cortar as relações com o presidente americano. A instituição é uma importante fonte de empréstimos no financiamento de campos de golfe e hotéis de Donald Trump.