O ex-presidente Donald Trump foi filmar uma propaganda eleitoral no Cemitério Militar de Arlington, em Washington. Uma lei federal “proíbe campanhas políticas ou atividades relacionadas a eleições dentro dos Cemitérios Militares Nacionais do Exército”.
A campanha de Trump foi avisada de que ele poderia visitar o cemitério a título pessoal, sem fotógrafo.
Ele foi com cinegrafista à proibida Seção 60, onde estão os mortos do Afeganistão e Iraque. A ideia era mostrar imagens dos túmulos dos 13 mortos no aeroporto de Cabul, durante a retirada desastrada ordenada pelo presidente Biden, há três anos.
Houve empurra-empurra entre funcionários do cemitério Arlington e o pessoal da campanha de Trump.
Mas o clipe para a campanha foi feito, ao lado de familiares de alguns dos mortos. Ninguém deu queixa à Polícia, por medo de retaliação.
Exército lamenta campanha de Trump em cemitério militar
Um comunicado do Pentágono defendeu nesta quinta-feira a funcionária do Cemitério Nacional de Arlington que tentou impedir que Donald Trump fosse fotografado diante das sepulturas dos 13 soldados mortos com a explosão de um homem bomba na retirada dos EUA do Afeganistão há três anos.
A funcionária “foi injustamente atacada” pelos representantes da campanha de Trump, que disseram que ela havia sofrido um “episódio de saúde mental” e a chamaram de “pessoa desprezível.” Mantida anônima, por medo de retaliação, ela também não quis prestar queixa — e, por isso, o exército deu o caso por encerrado.
O comunicado conclui que: “O cemitério de Arlington é um santuário nacional para os mortos honrados das Forças Armadas, e o seu pessoal dedicado continuará a garantir que as cerimônias públicas sejam conduzidas com a dignidade e o respeito que a nação merece.”