A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu no último domingo (15) quatro suspeitos de envolvimento no assassinato de perito da Polícia Civil Renato Couto de Mendonça. Entre os presos, dois são sargentos e um é cabo da Marinha.
Os militares e o dono do ferro-velho foram presos e confessaram o crime. No domingo, os dois sargentos e o cabo foram transferidos para o presídio da Marinha onde vão ficar presos. O sargento Bruno Santos de Lima e os cabos Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fidelis Motta vão responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O corpo foi encontrado no Rio Guandu, em Japeri, na Baixada Fluminense, e reconhecido por familiares. Segundo um laudo preliminar da Polícia Civil sobre a morte do perito criminal, além dos tiros, o afogamento foi a outra causa do óbito de Renato.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, a vítima teve uma desavença com o dono de um ferro-velho na Praça da Bandeira, zona norte do Rio de Janeiro. O filho do proprietário, que é militar da Marinha, sequestrou o agente com a ajuda de colegas, utilizando uma viatura da Marinha.
Entenda o caso
O motivo da briga seria a suspeita de que o ferro velho estaria comercializando materiais furtados de uma obra realizada pela vítima. Lourival Ferreira de Lima, dono de um ferro-velho, afirmou que pagaria pelas peças e pediu para que Renato voltasse depois ao local.
Quando a vítima retornou, Bruno Santos de Lima, filho do dono do ferro-velho e militar da Marinha, e disparou contra a perna e a barriga do perito. Ainda segundo a polícia, o filho do comerciante e outros dois militares, Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fidelis Motta, teriam sequestrado o perito, o colocado dentro de uma van da Marinha e o matado. Segundo as investigações, o corpo de Renato Couto de Mendonça foi jogado no rio logo após o crime.
Em nota, a Marinha do Brasil informou que tomou conhecimento da ocorrência com uma vítima na noite de sábado (14), envolvendo militares da ativa do Comando do 1º Distrito Naval. Segundo a Marinha, o caso é objeto de inquérito policial no âmbito da Justiça comum.
“Os militares envolvidos foram presos em flagrante pela polícia e responderão pelos seus atos perante a Justiça. A Marinha do Brasil lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares”, diz a nota.
A Marinha informou também que está colaborando com as investigações e abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência. (Com informações da Agência Brasil)