Em 12 de novembro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) realizou uma nova depuração de votos para o cargo de deputado estadual, considerando como nulos os sufrágios obtidos pelos partidos PTB e Pros. A retotalização levou em conta um julgamento da Corte eleitoral que cassou as chapas lançadas pelas duas siglas por fraude na cota de gênero.
Por mais que não tenha havido uma recontagem dos votos, o novo cálculo modifica a distribuição de cadeiras na Alesp. Se confirmada a nova totalização, Simão Pedro perderia o mandato no Legislativo estadual e seria substituído por Camila Godoi, vereadora de Itapevi (SP).
Na terça, o petista obteve uma liminar no TRE paulista para suspender os efeitos da retotalização até que o julgamento sobre a fraude de gênero nas cotas de gênero de PTB e Pros seja concluído. A decisão é assinada pelo juiz Claudio José Langroiva. Uma eventual posse de Camila, por ora, está suspensa.
Simão Pedro alega que não foi notificado no processo sobre fraude na cota de gênero para defender seus interesses, por mais que o resultado dessa ação pudesse o afetasse de forma direta. O deputado estadual do PT também aponta para vícios no processo que investigou a fraude na cota de gênero.
"Com isso, conseguimos manter nossas atividades parlamentares. Seguimos firmes, com confiança na Justiça e na soberania do voto popular", disse Simão Pedro em suas redes sociais.
Camila Godoi, por outro lado, não se pronunciou sobre o caso.