Na véspera de completar quatro anos do rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, a Justiça Federal aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, contra 16 pessoas e as empresas Vale e Tüv Süd pelo crime.
A barragem rompeu no dia 25 de janeiro de 2019 e deixou 270 pessoas mortas. Três vítimas ainda seguem desaparecidas.
O documento prevê que todas as pessoas físicas sejam denunciadas por homicídio qualificado em 270 vezes, entre elas o ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, além de responderem por crimes contra a fauna, a flora e crime de poluição.
As empresas Vale e Tüv Süd, companhia alemã que atestou a estabilidade da barragem, podem ser condenadas pelos mesmos crimes.
Na ação, o Ministério Publico Federal descartou a possibilidade de acordo "tamanha gravidade do crime e os incontáveis danos socioeconômicos e socioambientais causados.
Nesta segunda-feira (23), o processo criminal foi distribuído para a Segunda Vara Federal de Belo Horizonte depois que a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, determinou agilidade na análise do caso já que os crimes ambientais poderiam prescrever nesta quarta-feira (25).
