O Canal Livre desta semana recebe, neste domingo (25), o ex-presidente da República Michel Temer. No programa, ele analisa o atual momento do país, as relações entre os poderes, eleições em 2022 e polêmicas e movimentos do governo Bolsonaro.
Sobre a suposta ameaça do general Braga Netto, ministro da Defesa, à Câmara para aprovar o voto impresso como condição para haver o pleito no próximo ano, Temer não acredita na possibilidade de não haver votação. Para ele, as instituições são solidificadas e diz que tal movimento não é levado a sério.
“Se, eventualmente não passar a matéria do voto impresso, eu tenho absoluta convicção de que nós vamos ter eleições, e eleições livres no País”, cravou, analisando que há espaço para uma terceira via de candidatura presidencial e que ainda há tempo para que ela surja naturalmente como opção à polarização política atual. Contudo, não sugeriu nomes como alternativa.
O ex-presidente vê como natural a aproximação de Bolsonaro que dá mais espaço ao Centrão no governo, em nome da governabilidade, algo que ele havia sugerido ao atual presidente desde o início do mandato.
“Na verdade, tem que chamar o Congresso inteiro. Quem puder fazer parte da base parlamentar, um tanto melhor”, justificou Temer, dizendo que fez movimento semelhante durante seu governo.
O político também não vê condições para um rito de impeachment, principalmente por conta da proximidade com as eleições presidenciais de 2022.
“Estamos a 8 e 9 meses, se saísse o processo de impedimento, quase batendo nas eleições. Acho que é melhor esperar as eleições e que o eleitor decida, em face de todos os fatos, evidentes ou não, que venham à luz, se ele deve continuar ou não deve continuar”, opinou.
A apresentação do Canal Livre é de Felipe Vieira. Participam como entrevistadores o jornalista Fernando Mitre e o cientista político Fernando Schüler. Confira a partir das 20h, no BandNews TV, e depois do Cine Ação, na tela da Band.