Tebet diz que vai se dedicar à campanha de Lula: “Não sei fazer pela metade"

Senadora disse que está pronta para participar de palanque, mas ainda não sabia de inserção em programa eleitoral

Narley Resende, com Rádio Bandeirantes

Terceira colocada no primeiro turno da eleição presidencial, quando recebeu 4,9 milhões de votos (4,16%), a senadora Simone Tebet (MDB), de 52 anos, disse nesta sexta-feira (7) que está pronta para se dedicar à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

“Eu não sei fazer nada pela metade, eu luto e tenho coragem para lutar pelo que eu acredito”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes

Apesar disse, a senadora ainda não sabia que já estava no programa eleitoral de Lula. A propaganda oficial começou nesta sexta.

“A senhora já apareceu no programa, já está lá, sua voz”, disse o apresentador Agostinho Teixeira, ao que surpreendeu a emedebista. “Eu não sabia (risos). Eu estava dando entrevistas”, disse surpresa. “Não tive tempo de ver e estou sabendo em primeira mão que usaram. Mas está tudo certo, não tem problema nenhum”, completou. 

Tebet disse que vai se dedicar à campanha. “Estou pronta para participar de palanque ou não participar de palanque. Isso acho que em breve as pesquisas vão sendo feita para ver se de alguma forma eu posso influir positivamente com o resultado dessas pesquisas”, afirmou. 

“Nós temos palanques regionais que nós temos convergência e nesses palanques provavelmente nós iremos nos encontrar. Se estaremos, além disso, no programa de rádio e televisão, aí é uma coisa que eu tenho que saber o meu tamanho, não sei qual é. De qualquer forma fui muito bem recebida nas ruas. É impressionante o carinho que as pessoas demonstram”, conta. 

Voto útil 

A senadora voltou a dizer que preferia que a campanha de Lula não tivesse pedido o “voto útil”, contra Bolsonaro, no primeiro turno. Por outro lado, ela disse que teria feito o mesmo no lugar do petista. "Voto útil é legítimo e eu faria a mesma coisa se estivesse na frente", disse. 

Ministério 

Questiionada sobre sua participalção em eventual governo do presidente Lula, Simone Tebet disse que não precisa de cargos para ajudar. Segundo ela, não houve conversa sobre ministérios. 

“Isso não foi colocado em discussão e nem será colocado em discussão. Eu nunca fiz política por cargos. Estou pronta para servir ao Brasil em qualquer posição. Aliás, acho que o ideal seria e será - depois que eu sentir efetivamente qual foi o legado que eu deixei, a imagem que deixei, positiva, espero que sim - que esse legado sirva nos próximos quatro anos para que eu esteja servindo o Brasil”, disse. 

“Não preciso de cargos para isso. só preciso me encontrar, de que forma eu posso ajudar. Eu posso ajudar no combate à violência contra a mulher? Posso ajudar, ajudando os municípios, Estados e governo federal a se reencontrarem, pela primeira vez encontrar o caminho da Educação; posso ajudar percorrendo o Brasil?. Eu não sei. Mas não preciso de cargo”, pontuou. 

Propostas de Tebet em eventual governo Lula

Simone Tebet destacou na entrevista que pediu à Lula que cinco propostas suas sejam incluídas no plano de governo petista. “Falei 'não estou aqui por adesão'. Vou votar, vou fazer um manifesto. ‘É preciso incorporar no seu governo pelo menos dois itens relacionados à mulher’. Um é que sancione e aprove um projeto que já foi aprovado no Senado e que está na Câmara, que iguala salários entre homens e mulheres que exercem a mesma função e que tem a mesma experiência. O outro é ter um ministério que seja a cara do povo brasileiro, que tenha negros, mulheres...”

1. Ajudar municípios a zerar as filas na educação infantil, ajudar estados a implementar Ensino Médio técnico e pagar poupança para jovens que concluírem o EM;

2. Zerar as filas de exames, consultas e cirurgias atrasadas devido à pandemia, aumentando repasses para o SUS;

3. "Resolver o problema do endividamento das famílias", especialmente as que ganham até 3 salários mínimos;

4. Sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que exerçam a mesma função;

5. "Ministério plural" com homens, mulheres, negros e pessoas com deficiência.

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