O Banco Central elevou a taxa Selic em 1%, para 5,25% ao ano, conforme expectativa das projeções do mercado. A Selic é considerada uma referência para outras taxas bancárias.
O resultado é positivo para quem investe em renda fixa, que terá um rendimento maior. Para quem precisa de empréstimos, as taxas bancárias devem acompanhar o aumento da taxa Selic, tornando o crédito mais caro. Isso vale para crédito imobiliário e crédito pessoal, por exemplo.
Se o aumento da taxa Selic conseguir puxar os índices da inflação para baixo, será possível preservar um pouco a renda --principalmente dos brasileiros mais pobres que estão gastando muito com alimentação, conta de luz e produtos básicos, já que a inflação corrói a renda e dificulta a recuperação da economia, provocando mais desigualdades.
Com o crédito mais caro, as pessoas acabam consumindo menos, já que fica mais caro parcelar. Com isso, o Banco Central tenta segurar o consumo e e inibir um pouco o aumento da inflação.
Vídeo: Entenda o aumento da taxa de juros
O Copom (Comitê de Política Monetária) ainda deixou claro que existe a possibilidade de um novo aumento de 1% ser anunciado na próxima reunião, que deve ocorrer em 45 dias, fazendo com o que o ano termine com uma taxa básica de juros de 7%.
Este é o maior patamar desde outubro de 2009. Em nota, o Copom justificou o aumento citando a evolução da variante Delta da Covid-19, que “adiciona risco à recuperação da economia global”.
“O Comitê avalia que, a despeito dos movimentos recentes nas curvas de juros, ainda há risco relevante de aumento da inflação nas economias centrais. Ainda assim, o ambiente para países emergentes segue favorável com os estímulos monetários”, diz a nota do Copom.
Vídeo: Economista-chefe do Bradesco comenta a medida