O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobrevoou as cidades do litoral norte do estado que foram devastadas pelas fortes chuvas que atingiram as regiões nas últimas 24 horas. Ele informou, em coletiva, que o Exército vai auxiliar no resgate às vítimas. 

Segundo o governador, a cidade mais afetada pelas chuvas torrenciais foi São Sebastião. “Nas outras cidades a gente acabou tendo ocorrências, choveu muito, tivemos alagamentos, tem desabrigados e alojados, temos uma vítima fatal em Ubatuba, uma criança, mas não temos vítimas em outras cidades”, acrescentou. 

“Nós temos os danos materiais, vamos prestar assistência aos desabrigados e desalojados, monitorar a evolução nas próximas horas e dar todo o suporte aos municípios, suporte humanitário”, disse o governador. 

Tarcísio de Freitas informou que mesmo sobrevoando os locais atingidos por helicóptero, foi difícil a visualização e espera que as aeronaves do Exército ajudem nas buscas e resgates de pessoas. Segundo ele, esse apoio é fundamental. 

“Primeiro fazer essa operação de resgate, imaginamos que tem pessoas com vida que a gente pode resgatar e também fazer o resgate de feridos. Então é fundamental esse apoio; São muitos deslizamentos, o terreno ficou muito encharcado, são vários pontos de deslizamento, o terreno não suportou essa quantidade de chuva”, pontuou Tarcísio. 

“Uma quantidade de chuva impressionante”, diz Tarcísio de Freitas ao citar as medições em milímetros das chuvas no litoral norte. Em São Sebastião, por exemplo, foram registrados 627 mm nas últimas 24 horas. 

“O terreno não aguentou e tem muitos pontos de deslizamentos e quedas de barreira, muita árvore na estrada. A gente está mobilizando todas as empresas de uma atuação local um grande contingente de máquinas e equipamentos para poder fazer a liberação porque esse fluxo terrestre vai ser fundamental pra gente a partir de agora”, acrescentou. 

Para o governador de São Paulo, é fundamental ter uma política habitacional para remover as pessoas de áreas que são consideradas de risco e fala em obras de prevenção para que “evite ocorrências como essas”. “Então, atuar com prevenção, fazer investimentos, remoção de pessoas de áreas de risco para habitações em áreas seguras”, reforçou. 

“A gente precisa agora deslocar para regiões onde precisamos chegar. Precisamos levar médicos, bombeiros, a partir do momento que a gente consiga chegar a essas áreas mais críticas a gente começa a se deslocar para outras áreas também”, finalizou.