Governador de SP se diz "extremamente satisfeito com ação da polícia" no Guarujá

Operação resultou em ao menos oito suspeitos mortos no litoral de São Paulo

Da redação

Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e seus secretários de segurança falaram sobre as ações da polícia, principalmente na operação que aconteceu no Guarujá, após a morte do policial Patrick Bastos Reis. Para o governador, é inadmissível um policial ser atacado em serviço.

“É inadmissível que um soldado da polícia no serviço seja atacado. É inadmissível que o crime ataque um policial. É inadmissível que a gente perca gente em serviço. Há de se ter o respeito com a instituição. Há de se ter o respeito com a polícia. Eu sempre disse que, sem ordem, a gente nunca vai ter progresso. Então, a partir daí, a gente deflagrou a operação escudo para capturar os criminosos e, no dia de ontem, o atirador foi capturado”, disse o governador.

Tarcísio afirmou que o efetivo na baixada santista está aumentado e que a operação seguirá acontecendo por pelo menos mais 30 dias, mesmo após a prisão do atirador na baixada. “Eu estou extremamente satisfeito com a ação da polícia, e extremamente triste com o que aconteceu, porque nada vai trazer o pai de família de volta”, disse.

“Não desejamos confronto”, diz secretário

O secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite também falou sobre a operação. Segundo informações do secretário, 8 suspeitos foram mortos após confrontos com a polícia.

“Eu me assusto muito com essa violência do crime organizado. Essa violência ela ocorre por parte dos criminosos e nós reagimos a essa violência na proporção em que eles atacam as polícias. Nós temos 8 ocorrências, com 8 mortos. Desses criminosos, 4 já foram identificados, todos com antecedentes criminais, alguns com algumas passagens pela polícia. Os outros 4 ainda estão sendo identificados. Agora, como governador frisou, nós não desejamos o confronto, mas isso parte dos criminosos e respondemos.”

Segundo Derrite, ainda não foi apreendida a arma do crime. O secretário destacou que a arma que matou o policial é uma pistola 9 milímetros. Outro ponto abordado por Derrite foram as denúncias de que, na operação e prisão dos suspeitos, os policiais estariam torturando as pessoas. Segundo o secretário, essa falas são “narrativas”

“Esse assassino depois que foi preso, virou um bonzinho, coitadinho. Na verdade, ele é um o maior causador de dessa tragédia que aconteceu na vida do soldado do Reis. Então depois que ele é preso, todo mundo vira Santo. É uma estratégia do crime organizado, inclusive de cooptar moradores para cooptar pessoas das comunidades que também são vítimas do crime organizado, apresentando várias versões. Isso não passa de narrativa! Para nós, não chegou oficialmente nenhuma informação, muito menos indícios, muito menos materialidade nesses casos de tortura”, disse.

Questionado sobre as câmeras no uniforme dos policias, Derrite disse que as imagens serão analisadas. O secretário confirmou que Reis usava colete no momento do confronto e que a bala o atingiu pelo ombro. “Ele estava usando colete, sim. O disparo, infelizmente, entrou pela região do ombro e transcorreu  na parte do peito do policial.”

Guilherme Derrite explicou ainda como foi feito o trabalho de reconhecimento do atirador. “Por provas testemunhais dos outros indivíduos presos, nós identificamos o atirador. Temos ali um trabalho de investigação que foi feito e aqui eu eu tenho que reforçar o trabalho e a integração entre as forças de segurança, polícia civil e polícia militar. Um desempenho fantástico, uma pronta resposta”, finalizou.

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