Tarcísio: PM que atira pelas costas ou joga pessoa da ponte não está à altura da farda

Governador de São Paulo comentou os casos do PM que joga um homem em um córrego e o de um agente à paisana que atirou em um jovem pelas costas

da redação

PMs são flagrados atirando pelas costas e jogando homem em córrego em SP
Reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou nesta terça-feira (3) que “providências serão tomadas” após a repercussão dos casos de violência envolvendo policiais militares. 

Em publicação nas redes sociais, o governador mencionou os casos do policial que joga um homem do alto de uma ponte em um córrego e o de um agente à paisana que atirou em um jovem pelas costas no estacionamento de um supermercado. Os dois casos aconteceram na Zona Sul de São Paulo. 

“A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição que preza, acima de tudo, pelo seu profissionalismo na hora de proteger as pessoas. Policial está na rua para enfrentar o crime e para fazer com que as pessoas se sintam seguras”, escreveu Tarcísio de Freitas.

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“Aquele que atira pelas costas, aquele que chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, evidentemente não está à altura de usar essa farda. Esses casos serão investigados e rigorosamente punidos. Além disso, outras providências serão tomadas em breve”, completou o governador.

O que diz a Secretaria de Segurança Pública 

O secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que pediu o afastamento dos policiais envolvidos no caso em que um homem foi jogado de uma ponte pelos oficiais em uma abordagem. Segundo ele, essa conduta não condiz com a ação da polícia.

“Assisti ao vídeo em que policiais militares participam de uma ação e um deles lamentavelmente arremessa um indivíduo que estava contido, controlado, de uma ponte. Quero dizer para todos vocês que essa ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da polícia militar. Eu determinei ao Comando da polícia militar o afastamento imediato de todos os policiais envolvidos nessa ação, bem como a partir de hoje, que eles cumpram expediente administrativo na corregedoria da polícia militar, até que todos os procedimentos investigativos sejam esclarecidos”, afirmou. 

Para ele, anos de legado da Polícia Militar não podem ser manchados por condutas antiprofissionais. “Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição”, declarou o secretário de Segurança Pública de SP. 

Estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis, diz MPSP

O Ministério Público de São Paulo também se manifestou sobre ambos os casos. O órgão classificou as ações como estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis e pediu punição aos policiais envolvidos. 

“Estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis! Não há outra forma de classificar as imagens do momento no qual um policial militar atira um homem do alto de uma ponte, nesta segunda-feira. Pelo registro divulgado pela imprensa, fica evidente que o suspeito já estava dominado pelos agentes de segurança, que tinham o dever funcional de conduzi-lo, intacto, a um distrito policial para que a ocorrência fosse lavrada. Somente dentro dos limites da lei se faz segurança pública, nunca fora deles”, declarou o MPSP em nota. 

“Assim, esta Procuradoria-Geral de Justiça determinará, ainda nesta terça-feira (3/12), que o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP) associe-se ao promotor natural do caso para que o MPSP envide todos os esforços no sentido de punir exemplarmente, ao fim da persecução penal, os responsáveis por uma intervenção policial que está muito longe de tranquilizar a população”, completou o órgão.

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