A cidade de São Joaquim, na serra catarinense, registrou geada e baixas temperaturas nesta quinta-feira (13) apesar da forte onda de calor que atinge a região Sul do Brasil e partes da Argentina e Uruguai nesta semana, com temperaturas acima dos 40°C. Segundo o site São Joaquim Online, a mínima registrada na madrugada foi de 1,8°C, com formação de camada de gelo na grama e plantas rasteiras. À tarde, a temperatura chegou até 27°C.
O fenômeno se repetiu na cidade nesta sexta-feira (14) no Vale Caminhos da Neve.
Segundo a MetSul Meteorologia, o fenômeno climático ocorreu na cidade catarinense por conta da atmosfera muito seca por conta da massa de ar quente que está sobre a região. Como o local da medição esfria rapidamente, o ar mais frio desce e forma as geadas, que são menos comuns durante o verão.
O ar está tão seco nas cidades do Sul, que algumas cidades registraram umidade do ar com níveis desérticos na última quarta (12). Em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, esse índice chegou a 7%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Ainda de acordo com a MetSul, o calor passará a ter mais umidade no Sul neste final de semana, o que vai aumentar a sensação térmica de calor, previsão de pancadas de chuva e menor chance de formação das geadas.
Centro da América do Sul é o ponto mais quente do planeta durante as tardes
Um bloqueio atmosférico que impede o avanço de frentes frias deixará a parte central da América do Sul com as maiores temperaturas registradas na Terra durante a tarde, nos horários locais, durante esta semana. Estão previstas quebras de recorde de temperatura na Argentina, Uruguai e no Rio Grande do Sul, superando os 40ºC na fase de calor mais intensa do fenômeno atmosférico.
Existe a possibilidade de o Rio Grande do Sul ter sua maior temperatura registrada desde 1910, início da medição histórica, com as máximas de 42,6°C em Alegrete (1917) e Jaguarão (1943).
Na última quarta, o Inmet apontou 41,5°C em Quaraí e 41,1°C em Uruguaiana – ambas ficam na fronteira com o Uruguai.
Pelo menos 200 das 497 cidades do Rio Grande do Sul já decretaram situação de emergência em decorrência da estiagem de chuvas, sendo que 52 já foram homologadas pelo estado e 47 reconhecidas pela União.
É a pior seca em 17 anos no estado. As produções de grãos, leite e a pecuária são as mais afetadas. O governo gaúcho anunciou medidas de anistia para compra de sementes e o fornecimento de água para cerca de seis mil famílias que estão desabastecias e entregou uma lista de demandas emergenciais ao governo federal.