O fotógrafo oficial do presidente Lula, Ricardo Stuckert, foi um dos convidados da 14ª edição da Bienal do Livro de Pernambuco, que aconteceu no último domingo (08). Stuckert falou sobre seu livro, lançado em 2022, “Povos originários: Guerreiros do tempo”.
Para o fotógrafo a obra representa um mergulho na real história do Brasil, que começou com os povos originários.
“E por que esse livro? Eu ando pensando muito em relação ao que eu posso deixar para os meus filhos. E o mais importante que a gente pode deixar para os nossos filhos é o conhecimento. E através dos livros, a gente consegue. Ter um conhecimento do mundo, da história do mundo, da nossa história. Quando eu comecei a fazer esse livro, eu comecei a conhecer realmente a história do meu país, a história do Brasil. Essa história de que quando os portugueses chegaram ao Brasil, estavam aqui os indígenas, os verdadeiros guardiões desse território chamado Brasil”, disse Stuckert.
Ricardo comentou que o desenvolvimento do livre foi feito com as etnias indígenas que foram fotografadas. Segundo o autor, as lideranças indígenas escolheram os antropólogos que escreveriam sobre cada uma.
“Pessoas falam que esse é um livro de fotografias. Maravilha, ótimo, mas além disso ele tem aqui dentro algo que eu costumo dizer que é o coração do livro: que os próprios indígenas escolheram, as suas lideranças escolheram os antropólogos para que se falasse sobre cada etnia. Então, às 12 etnias que tem aqui tem um texto, e esse texto, quem escolheu para que escrevessem foram os próprios indígenas. É um livro com fotografias, mas o coração é esse texto e os olhos são as fotografias”, disse.
Ricardo Stuckert disse que durante o desenvolvimento do trabalho aprendeu o quão fundamental é ouvir. “Com essa convivência com essas 12 etnias, eu aprendi algo que eu não sabia: que eu iria mais ouvir do que falar, porque eu acho que quando a gente ouve mais, a gente aprende muito mais e eu fiz um exercício nessas 12 etnias, onde eu aprendi muito”, afirmou.
O fotógrafo afirmou que com o trabalho confirmou que os indígenas são os verdadeiros guardiões das florestas.
“A gente foi em lugares onde eu nunca imaginei que poderia estar e a gente se surpreende nesses lugares, com o cuidado e como eles lidam com a natureza. A gente aprende que realmente os indígenas são os verdadeiros guardiões das florestas. Então, a base dos indígenas, dos povos originários que eu retratei neste livro aqui me fez ter certeza que eles são os verdadeiros guardiões”, finalizou.