STJ mantém suspeitos das mortes de Dom e Bruno em presídios federais

A Justiça Federal alegou que a prisão dos três homens em penitenciária de segurança máxima é importante para evitar "queima de arquivo"

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STJ mantém suspeitos das mortes de Dom e Bruno em presídios federais
Dom Phillips e Bruno Pereira
DIvulgação

O Superior Tribunal de Justiça manteve em presídios federais os suspeitos das mortes do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira.

A Justiça Federal alegou que a prisão dos três homens em penitenciária de segurança máxima é importante para evitar "queima de arquivo". A decisão não é definitiva, mas não há prazo para conclusão do caso. 

Em 5 de junho, o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips foram mortos na região amazônica do Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país. O caso segue com alguns pontos em aberto e sendo investigado pela Justiça.

Quem era Dom Phillips?

Veterano de cobertura internacional, Phillips morava no Brasil há mais de 15 anos. Como jornalista, foi colaborador de veículos de imprensa como The Washington Post, New York Times e Financial Times. Ele era repórter freelancer do jornal The Guardian.  

Segundo o jornal onde trabalhava, ele era conhecido por seu amor pela região amazônica e viajou ao local para relatar a crise que o meio ambiente do Brasil e suas comunidades indígenas estão enfrentando.

Além da cobertura jornalística, Dom esta produzindo um livro sobre o meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson, sediada na Bahia, estado que Dom morava com sua família.

Quem era Bruno Araújo Pereira?  

Bruno Araújo Pereira era servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai) e reconhecidamente defensor das causas indígenas.

Segundo a nota do grupo indígena Univaja, o ativista foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte e era “experiente e profundo conhecedor da região". Em 2016, o servidor deixou o cargo.

Em 2018, se tornou coordenador-geral de Índios Isolados e de Recém Contatados da Funai, chefiando a maior expedição para contato com índios isolados dos últimos 20 anos.

No entanto, foi exonerado do cargo em outubro de 2019. Conforme a Univaja, nos últimos anos, Bruno atuava na sede do órgão, em Brasília.

Onde Dom e Bruno estavam indo?

Dom e Bruno partiram de barco para uma região conhecida como Lago do Jaburu. A previsão é que eles chegassem ao seu destino na noite do dia 3 de maio.

No entanto, eles não retornaram, e foi confirmado que ambos foram mortos no local do desaparecimento. 

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